quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Em debate sobre Drogas, Nelsinho emociona com seu relato de esperança

A participação do vereador Nelsinho (PT) no debate sobre o tema “Drogas, um problema social. Qual a sua solução?”, realizado na noite de segunda-feira, 19 de setembro, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Osasco (SP) foi emocionante e surpreendente.
No dia seguinte ao debate foram inúmeras as manifestações de agradecimento pelas palavras do vereador publicados no facebook de Nelsinho www.facebook.com/vereadornelsinhopt. O depoimento foi considerado pelos amigos da rede social como corajoso e importante  para um assunto tão complexo como as drogas. 


Convidado para falar do tema "A família como alicerce na recuperação dos dependentes”, Nelsinho se mostrou desprovido dos preconceitos que permeiam o assunto e contou como  enfrentou a questão quando ela se revelou no ambiente familiar. O vereador declarou que o vínculo de amor estabelecido pelos familiares em torno do filho foi  fundamental para o tratamento e recuperação do adolescente.
Não sou doutor, não tenho título algum, mas hoje vim aqui para dar minha contribuição a essa discussão a partir da experiência que vivi em casa, com a minha família” iniciou o vereador sentado ao lado de especialistas como médicos, representantes dos governos federal e municipal, membros do Conselho Tutelar, da Igreja Católica e deputados do seu partido.

Citando publicações acerca do tema como uma entrevista do Dr. Drauzio Varella com psiquiatras e textos da  Dra. Neliana Buzi Figlie, Psicóloga e especialista em Dependência Química,  Nelsinho foi costurando seu depoimento com  um ponto na teoria e outro da vivência.

Eu que ajudei a construir o Partido dos Trabalhadores em Osasco, que liderei o movimento de combate as enchentes na minha região, de repente percebi que minhas lutas me levaram a uma ausência demasiada e que teria de enfrentar uma luta maior ainda, desta vez, por amor ao meu filho” foi uma,  das várias declarações do vereador que emudeceu o público.
Das pesquisas, citou as fases pelas quais passa família. “Primeiro vem a negação; o filho nega e a família deixa de falar sobre o que pensa e sente; depois vem a preocupação e a tentativa de controle do uso exagerado do álcool; em terceiro vem a desorganização da família, o preconceito sobre o assunto e em quarto acontece a exaustão. E foi aí que eu pude contar com a ajuda dos amigos, que me apoiaram  nessa caminhada”  revelou .
Da sua experiência também veio a única palavra  de alento da noite à um tema tão complexo.  “Eu acredito na recuperação. Hoje meu filho já superou o problema e tem uma vida normal. Meu recado é de esperança. Acreditem. Tenham esperança”, falou o vereador com coragem e sem preconceitos, características de quem não foge a luta e carrega a bandeira da esperança, sempre.
O DEBATE 
O debate reuniu representantes dos governo federal e municipal, da igreja, da sociedade civil organizada e parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Das drogas ilícitas, a cocaína e o crack foram as mais citadas porém o uso abusivo do álcool (droga lícita) foi o centro das discussões. 
Tratado como um problema complexo, universal e dos primórdios da civilização por todos os participantes, a palavra "esperança" foi ouvida apenas do vereador Nelsinho(PT) e  o único aceno  para uma solução a curto prazo para o tratamento de dependentes químicos de Osasco e municípios vizinhos partiu do federal João Paulo Cunha (PT).
A experiência com adolescentes no bairro do Munhoz Jr foi mencionada pela secretária da Assistência e  Promoção Social Gilma Rossafá  e a iniciativa elogiada pelo representante do ministério da Saúde. 


Do governo federal, o representante do ministério da Saúde, médico psiquiatra Dr. Leon afirmou que está sendo feito um estudo para ampliar o atendimento de saúde mental em toda rede do SUS (Sistema Único de Saúde). Caps 24hs para atendimento contínuo ao paciente,  residências terapêuticas para tratamento dos dependentes químicos e bolsa aluguel para reintegração na sociedade poderão fazer parte do serviço público no país.


Do Ministério da Justiça, a Dra. Carla  Dal Bosco afirmou que o governo federal acredita que pode reverter a "vulnerabilidade" com as ações de combate ao tráfico e proteção do menor e da sociedade. A dra. falou das ações de combate ao tráfego internacional e da política nacional sobre drogas que induz a uma mudança de mentalidade. Ao invés de anti-drogas o governo usa hoje sobre drogas "É preciso perder o medo e se aproximar do tema". Ela também citou o incentivo ao consumo de drogas lícitas como o álcool. 


Da igreja Católica, o Monsenhor Claudemir afirmou que é longo e conhecido o apoio da Igreja Católica aos grupos de reabillitação dos dependentes. A Diocese de Osasco abriga grupos como os Narcóticos Anônimos, Alcoolatras Anônimos e Amor Exigente que busca tratar dos familiares do dependentes químicos. O Monsenhor disse que a recuperação é um " desafio que não é fácil"


O prefeito de Osasco, Emidio de Souza foi representando pela secretaria de Assistência e  Promoção Social, Gilma Rossafá que falou da experiência que está sendo feita no Munhoz Jr com crianças e adolescentes. Segundo ela, trata-se de uma espécie de território neutro, com espaço para a livre expressão das crianças.  O objetivo é tentar fastar os menores do tráfico. 
O deputado João Paulo Cunha (PT) classificou o álcool como um problema grave que exige tratamento diferenciado e tem o mesmo poder nocivos das drogas ilícitas. Para o tratamento e recuperação dos dependentes, o deputado falou de um projeto para criar um consórcio das cidades da Região Oeste da Grande São Paulo e revelou que já foram realizadas reuniões acerca desse projeto que beneficiaria centenas de dependentes de Osasco e região que buscam a recuperação. 
Coordenador do seminário e presidente da Comissão de Saúde na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Marcos Martins (PT) falou dos seus esforços para combater às drogas que, segundo ele,  atinge todas as classes sociais e não apenas as periferias. O deputado é autor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para que o estado se responsabilize pela internação dos dependentes que desejam se tratar.
Da Organização
Organizado pelo Conseg, OAB/Osasco, Conselho Tutelar do cidade, Secretaria Municipal da Saúde, e CUT Osasco, o debate abordou  pontos cruciais como estatísticas, controle de fronteiras, ações conjuntas entre as diferentes instâncias governamentais e políticas públicas para o acolhimento de dependentes químico e foi conduzido pelo deputado estadual  Marcos Martins (PT) .